A Tectoy ficou conhecida por seus jogos eletrônicos. Agora, a empresa está diversificando sua estratégia, licenciando produtos para o público infantil e prestando serviços para outras companhias. Com isso, a situação do balanço, que não estava para brincadeiras, começa a melhorar. O objetivo é que as mudanças transformem a ação em um papel menos especulativo e mais valorizado. O CEO Fernando Fischer conversou com DINHEIRO sobre as mudanças.
Fernando Fischer, CEO: melhorando os números
Qual o objetivo da nova estratégia?
Por motivos sazonais, a empresa sempre teve um segundo semestre forte.Queríamos mudar isso e obter um bom resultado na primeira metade do ano também. Percebemos que as grandes marcas estavam deixando uma lacuna no setor de DVDs, que é onde estamos investindo. Outro ponto importante foi a parceria que assinamos com a empresa coreana Humax, por meio da qual produziremos equipamentos destinados à Sky. É a primeira vez que fazemos esse tipo de serviços e agora começamos a prestar atenção nessas oportunidades.
Como levar isso para o mercado?
Para aumentar as vendas, fizemos uma campanha muito forte junto ao varejo. Lançamos três linhas de DVDs e mudamos a forma de nos apresentarmos para o consumidor. Também buscamos criar produtos diferenciados. Estamos apostando muito em itens licenciados e já temos novas linhas programadas, com novos modelos de DVDs com personagens da Disney e com a Barbie, da Mattel. A expectativa era chegar ao fim do ano com 600 mil unidades vendidas, mas devemos encerrar 2011 com 800 mil, cinco vezes mais do que no ano passado.
Houve mudanças estruturais?
Sim. As principais foram a mudança da fábrica e a troca de sistemas.
Isso deve se refletir na bolsa?
Sim. Estamos colocando o balanço em ordem, aumentando a receita e cortando despesas. O acionista vai começar a perceber isso e nossa expectativa é de que a ação volte para um patamar justo.
Então as ações estão baratas?
Os papéis estão valendo pouco. Em 2007 nossa capitalização era de R$ 200 milhões e hoje está em R$ 50 milhões.
Como o acionista vai perceber essas mudanças?
Vamos manter a estratégia para entregar um bom balanço ao acionista. Para que ele perceba essas mudanças, o que estamos fazendo é aumentar o relacionamento direto para fazê-los notar e entender as novidades. Não fazíamos reuniões antes, mas esse ano já fizemos duas e, com o tempo, isso vai começar a refletir em bolsa.
http://www.istoedinheiro.com.br/noticias/58600_OI+PROPOE+A+QUARTA+REESTRUTURACAO
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