A Agrenco Limited anunciou ontem (11), em fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a paralisação total das suas unidades industriais, localizadas em Alto Araguaia (MT) e Caarapó (MS). Cerca de 120 empregados (previsão de contratados para a unidade mato-grossense) serão demitidos. A empresa, que havia anunciado o retorno das atividades em junho, com aporte de R$ 130 milhões, resolveu paralisar as atividades depois que seus credores informaram não ter interesse na realização de aportes no fundo de investimento em participações, previsto no plano de negócios, conforme o plano de recuperação judicial consolidado da companhia. Em junho, a esmagadora voltou a operar com capacidade de processamento de 2 mil toneladas de soja por dia.
A empresa detalhou também ao mercado que até o momento não encontrou investidores interessados na capitalização do fundo de investimento em participações. Vale lembrar, que de acordo com o plano de recuperação judicial que a nova administração das controladas da Agrenco apresentou aos seus credores o novo Plano de Negócios, conforme previsto no Plano de Recuperação Judicial Consolidado, que foi aprovado pela assembleia de credores de 6 de maio de 2011.
O diretor da Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Carlos Fávaro explica que o fechamento da Agrenco não deve impactar o mercado da soja no Estado, já que por conta da instabilidade financeira da empresa nos últimos anos, o setor já não via confiabilidade em seus serviços. “Sem dúvidas é ruim para o setor quando uma empresa do porte da Agrenco fecha, mas ela já não vinha atendendo o mercado com estabilidade e já tinha deixado de atender grande parte dos produtores”, afirma.
HISTÓRICO
A companhia entrou em recuperação judicial em setembro de 2008 e teve suas ações suspensas no mercado em fevereiro de 2010. Em junho deste ano, retomou as operações da fábrica localizada no município mato-grossense de Alto Araguaia, depois de três anos de paralisação. A planta, que atuava no segmento de esmagamento de soja, produção de biodiesel e bioeletricidade, contou com um aporte de R$ 130 milhões para voltar a funcionar e contava com cerca de 120 empregados.
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