terça-feira, 13 de setembro de 2011

Vejam esta parceria da Tectoy com a Microsoft

A VOLTA DA TEC TOY
Depois de fechar as portas, empresa renasce ao se aliar com SBT e Microsoft

Por Juliana Simão

Há exatos 1 ano e 4 meses, os executivos da Tec Toy comemoravam o fim de uma concordata. Em 1997, nocauteada pela crise asiática, a empresa brasileira de games amargava prejuízo de R$ 50 milhões. Chegou a fechar as portas. Diante da situação, os donos da Tec Toy, Stefano Arnhold e Daniel Dazcal, tentaram a última cartada: convocar uma equipe de executivos, capitaneada por Lourival Kiçula, com a missão de renegociar dívidas com credores. Hoje, todos têm novas razões para comemorar: a Tec Toy renasceu. Ainda em 2000, a fabricante colheu os primeiros resultados. Foram 100 mil videogames MegaDrive vendidos; mais de 25 mil Dreamcast; 100 mil CD-ROMs e cerca de 50 mil videokês. No total, um faturamento de R$ 37 milhões. Faltou muito para chegar aos US$ 74 milhões (R$ 185 milhões) que deram à empresa a vice-liderança no mercado de brinquedos nacional. Mas é sinal de que a estratégia dos executivos deu certo.

“Comecei cortando custos”, lembra Kiçula, ex-presidente da Sanyo. Dos mil empregados sobraram apenas 110. A fábrica de 11 mil m2 de Manaus foi transferida para um galpão de um quinto do tamanho. Distribuição e armazenamento foram parar nas mãos de outras empresas. Os equipamentos que colocam chips nos brinquedos foram terceirizados para evitar os altos custos de manutenção. E a Tec Toy, hoje, apenas monta os produtos que levam sua etiqueta azul e branca. “Gastamos atualmente R$ 4 milhões por ano, metade do que desembolsávamos em 97”, diz. Para reerguer a Tec Toy, resolveu apelar a uma mudança de conceito: “Deixamos de ser uma fabricante de brinquedos para nos tornarmos uma companhia de entretenimento”, explica. O que muda? Esta nomenclatura, garante o presidente, libera a Tec Toy para produzir aparelhos de tevê, som... O objetivo é buscar produtos que não tenham sazonalidade. “Vendíamos brinquedos apenas no Dia da Criança e Natal.”

Distribuidora de jogos. O retorno da Tec Toy às gôndolas foi triunfal. Em parceria com o SBT de Silvio Santos, a fabricante lançou uma versão para videogame do Show do Milhão, que levantou em 20% as vendas do console MegaDrive. Logo depois, inventou o CD-Rom do Qual é a Música? e um videokê – a mistura de um aparelho de karaokê com DVD. Apesar de ser a distribuidora oficial da Sega no Brasil (leia-se: Dreamcast), não espere encontrar a Tec Toy apenas nas prateleiras da japonesa. Ela vai produzir também jogos para outras plataformas, como Nintendo e Microsoft.

As novidades prometem. Bom mesmo será em 2008, quando termina o plano de saneamento da empresa: “Faturaremos mais de R$ 100 milhões por ano, teremos o dobro de funcionários e centenas mais de lançamentos.” O mercado quer ver para crer.

http://www.istoedinheiro.com.br/noticias/9437_A+VOLTA+DA+TEC+TOY

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