TECTOY VIRA UM JOGO NA MÃO DO MERCADO.
A Tectoy está pulando de um lado para o outro na roleta da Bolsa de Valores. Nas últimas duas semanas, a empresa, habituada a fazer figuração nos pregões, tem chamado a atenção dos investidores. A fabricante de vídeo games tornou-se alvo de um tiroteio cruzado de especulações, que vem se refletindo nas bruscas oscilações do papel. Os picos, tanto para o bem quanto para o mal, foram registrados nos dias 22 e 26 de março. No primeiro caso, a ação subiu 33%. Quatro dias depois, despencou 25%. Essa arritmia foi estimulada pelos mais diversos boatos. Surgiu a informação de que a Tectoy estaria prestes a anunciar o fechamento de capital. Segundo o RR apurou, o disparo partiu de um fundo de investimento acionista da empresa. Depois, justamente
na mão contrária, espalhou-se pelo mercado a notícia de que a empresa faria um leilão de ações
ordinárias em tesouraria, o que aumentaria ainda mais o free float de um papel de baixa liquidez.
O sobe-e-desce expõe a vulnerabilidade da Tectoy. A carência dos chamados bons fundamentos
técnicos tornam a empresa extremamente frágil a qualquer sopro especulativo. O projeto de seus controladores, a começar pelo empresário Stefano Arnhold, de transformá-la em
uma grande fabricante de consoles e de jogos de vídeo game capaz de tirar mercado de concorrentes internacionais capitulou. A companhia até conseguiu aumentar a receita nos últimos
dois anos, mas muito em razão da baixa margem de lucro de seus produtos. Entre janeiro e setembro do ano passado, acumulou prejuízo acima de R$ 2 milhões.
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