segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Nervosismo deve aumentar se Fitch e Moody's seguirem S&P, diz economista

SÃO PAULO - Após a Standard & Poor's ter decidido cortar o rating dos EUA na última sexta-feira (5), de AAA para AA+, o mercado agora aguarda ansiosamente o posicionamento de Fitch Ratings e Moody's quanto à deterioração fiscal do país.

Nas últimas semanas, ambas as agências de classificação de risco alertaram o país sobre a frágil situação e afirmaram que não hesitariam em realizar cortes na nota de crédito caso fosse necessário.

Caso Fitch e Moody's sigam este caminho, o aumento do nervosismo no mercado será visível, garante o economista da Senso Corretora, Antônio César Amarante Neto, pois reduz a percepção de que a decisão da Standard & Poor's possa eventualmente ter sido isolada e precipitada, como afirma o governo norte-americano.

Debandada
Além disso, pode haver uma debandada de fundos de investimentos, inclusive soberanos, junto às treasuries, uma vez que muitos deles têm discriminado em seu regulamento a obrigatoriedade da aplicação de recursos em papéis com rating AAA de pelo menos duas agências, o que pode intensificar ainda mais a aversão ao risco no mercado internacional, e consequentemente, pressionar ainda mais as bolsas de valores.

Momento equivocado
No entanto, Amarante tece uma dura crítica à postura das agências. Para ele, o timming da S&P foi totalmente equivocado, uma vez que a agência deveria ter realizado alertas há meses e não simplesmente cortado a nota no "meio do furacão da crise", afirmou.

O economista atribui essa postura como reflexos do trauma vivido em 2008, quando nenhuma das três agências foi capaz de prever diversas falências decorrentes da crise, sofrendo com casos emblemáticos como o de Lehman Brother e AIG, que possuíam notas AAA até horas antes da falência e da intervenção do governo, respectivamente.


Fonte: http://www.blogger.com/post-create.g?blogID=8061881788353199670

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